Ruminar pensamentos aumenta risco de desenvolver depressão e ansiedade

   

São Paulo, 20 de junho de 2017 – Estima-se que uma pessoa tem de 40 a 60 mil pensamentos por dia. A maioria das situações com as quais nos preocupamos acaba de forma positiva ou neutra. E se você pensar nos eventos mais complicados da sua vida pode ter certeza que recordará que eles acabaram sendo menos graves do que você imaginava. Portanto, para que ficar ruminando?

Esse termo pode soar estranho, já que ruminar é uma característica de certos mamíferos como a vaca, que ingerem os alimentos, regurgitam-nos para a boca e os mastigam novamente. A psicologia usa o termo ruminação para explicar os pensamentos negativos e recorrentes. Todas as pessoas ruminam, mas nem toda ruminação é disfuncional.

Segundo Dr. Caio Magno, psiquiatra, a ruminação é prejudicial quando está associada a alguns comportamentos e sentimentos. “Se pensar em uma situação causar mau humor, tristeza e desmotivação é um sinal de alerta. Além disso, é um fator de risco importante para desenvolver quadros de depressão, ansiedade e estresse. Além do que pode dificultar a melhora desses problemas”, explica o médico.

“Há pessoas que evitam pensar nos problemas, o que é disfuncional. Já os que ruminam pensam demais e de modo destrutivo, piorando o estado depressivo ou ansioso, o que acaba levando à manutenção do problema”, diz o Dr. Caio.

Ruminar pode estar ligado a características individuais
 
De acordo com Dr. Caio, há pessoas com maior predisposição a ruminar. “Existem pessoas que vivenciam de forma mais intensa os sentimentos de aflição, angústia, tristeza, ansiedade e têm baixa tolerância à frustração. Essas pessoas costumam apresentar com mais prevalência os pensamentos ruminantes disfuncionais”, explica o médico.

O lado bom da vida
 
A boa notícia é que é possível mudar os pensamentos negativos recorrentes por meio da chamada Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). Criada nos anos 60 nos Estados Unidos, pelo psiquiatra norte-americano Aaron Beck, a terapia atua para modificar um pensamento disfuncional ou distorcido sobre um fato para que a pessoa possa ter uma visão mais clara da sua vida e se sinta melhor. Outra técnica importante com poder de reduzir a ruminação, assim como sintomas depressivos e ansiosos é o mindfulness. Tal prática permite uma outra relação com pensamentos negativos, sendo eficaz nesse ponto.

Mas, mesmo sem a terapia, há alguns passos que podem ser seguidos para evitar a ruminação disfuncional. “É preciso aprender a contestar os pensamentos ruminantes, avaliar se são válidos e pensar em saídas alternativas. Só o fato de perceber que ruminar reforça o problema emocional pode gerar na pessoa uma perspectiva diferente sobre esse hábito tão ruim ”, finaliza o médico.  


 

 
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