Nova tecnologia revoluciona a cirurgia de catarata


Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), é pioneiro no uso da técnica no país
Um novo dispositivo está revolucionando a cirurgia de catarata no Brasil. A técnica permite ao médico atingir índices de precisão absolutos durante a operação, eliminando a necessidade do uso de óculos ou da realização de outros procedimentos corretivos.
Chamado de ORA - Optiwave Refractive Analysis, o equipamento coleta e transmite informações relacionadas à lente intraocular (cristalino) em tempo real, durante o procedimento cirúrgico. Ao avaliar as características oculares individuais do paciente, o médico obtém dados precisos em relação à lente que deverá ser empregada, diminuindo o índice de erros nos procedimentos, além de promover uma recuperação mais rápida do paciente.
O sistema amplia, de maneira significativa, a qualidade dos resultados cirúrgicos, proporcionando uma maior qualidade de vida no pós-operatório. “Este é um conceito revolucionário pois permite ao cirurgião realizar as medições em condições exemplares, imediatamente após a remoção da catarata. Com isso, conseguimos atingir um grau máximo de precisão”, explica o membro do Comitê Médico e Sócio do Grupo HOBrasil, coordenador do Setor de Catarata do Hospital Oftalmológico de Brasília, Dr. Takaishi Hida. 
O sistema permite, ainda, medir parâmetros como a pressão ocular e outras características biomecânicas da córnea, podendo ser utilizado no diagnóstico e tratamento de outras doenças oftalmológicas, como o glaucoma.

Catarata
A catarata é uma doença que afeta a lente natural do olho, chamada cristalino. Com o envelhecimento, o cristalino perde lenta e continuamente sua transparência e essa opacidade adquirida é chamada de catarata. Por ser uma doença assintomática de progressão lenta, o diagnóstico precoce torna-se difícil, uma vez que o paciente se adapta gradualmente à perda da visão.
O tratamento consiste na cirurgia para retirada do cristalino doente, substituindo-o por uma lente artificial. A nova lente intraocular, transparente e trifocal, permite ao paciente enxergar a qualquer distância (de longe, de perto e à meia distância), sem prejuízos à qualidade da visão.
Anteriormente, o tamanho da lente era indicado por exames clínicos, feitos pelo médico antes da cirurgia, abrindo margem para erros ou imperfeições. Com a análise em tempo real, é possível verificar as particularidades refrativas de cada olho, atingindo níveis de precisão antes impensados. “A presença de catarata no momento prévio à cirurgia limitava ou prejudicava a acuidade na definição da lente a ser implantada. O sistema ORA rompe com esse paradigma, permitindo o exercício de uma medicina oftalmológica focada nas especificidades e particularidades de cada paciente”, destaca Dr. Hida.

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