Pesquisa sobre fígado revela surpresas e desmistificam "mitos"
O fígado é perigoso?
Apesar
de ser um alimento super tradicional e apesar de todas as evidências em
favor dos seus benefícios, profissionais de saúde e governo insistem em
nos alertar CONTRA o consumo do fígado. Dentre os perigos do consumo de
fígado citados por eles está o risco de contaminações e o excesso de
vitamina A que ele fornece.
Uma das funções do fígado é neutralizar
toxinas como drogas, agentes químicos e venenos; mas o fígado NÃO
ARMAZENA essas toxinas. Compostos venenosos que o organismo não é capaz
de neutralizar e eliminar tende a se acumular na gordura e no sistema
nervoso. O fígado não é um órgão de depósito de toxinas, mas é SIM um
órgão capaz de armazenar nutrientes importantíssimos (vitaminas A, D, E,
K, B12 e ácido fólico, e minerais como cobre e ferro). Esses nutrientes
fornecem ao corpo ferramentas para que ele se livre de toxinas.
É claro que o ideal é consumir o fígado de
animais saudáveis, – gado, ovelha, bufalo, galinhas, perus, patos e
gansos. A melhor escolha é por fígado de animais criados soltos,
siscando/pastando. Se um fígado dessa qualidade não está disponível na
sua região, a melhor opção seguinte são animais orgânicos (que nem
sempre são criados soltos). Se o fígado do supermercado é a sua única
opção, opte por fígado de gado, já que a criação deles, pelo menos no
início da vida, é em pasto (o que mais acontece é os animais serem
criados soltos em parte da vida e confinados logo antes do abate para
engorda). Fígado de aves convencionais, criadas confinadas à base de
ração não são recomendados!!
Quanto à vitamina A, e o medo do excesso dela
no fígado, os estudos foram feitos com vitamina A sintética, que aí sim
podem causar problemas e contribuir para defeitos de nascimento. Mas a
vitamina A natural encontrada no fígado é um nutriente extremamente
importante para a saúde humana e não causa problemas, a não sem em
quantidades exageradamente absurdas.
De acordo com o Merck Manual oficial,
o envenenamento agudo por vitamina A pode ocorrer em crianças após uma
dose única de vitamina A SINTÉTICA, numa faixa de 300.000 UI ou uma
dosagem diária de 60.000UI por algumas semanas. O Manual cita duas
mortes por envenenamento agudo por vitamina A em crianças, que se
manifesta como pressão intracraniana aumentada e vômitos. Para a imensa
maioria entretanto, a recuperação acontece espontaneamente, assim que a
ingestão da vitamina sintética é descontinuada, sem danos residuais.
Em adultos, de acordo com o Merck Manual,
a toxidade da vitamina A foi relatada por exploradores no Ártico que
desenvolveram sonolência, irritabilidade, dores de cabeça e vômitos, com
subsequente descamação da pele, logo após a ingestão de vários
milhares de unidades de vitamina A de fígado de urso polar e de focas.
Mais uma vez os sintomas desapareceram assim que a ingestão desse
alimento denso em vitamina A foi interrompido. Além desse exemplo
incomum, entretanto, apenas a vitamina A (sintética) proveniente de
comprimidos multivitamínicos, tomados por períodos longos, causaram
intoxicação aguda – e isso significa 100.000UI de vitamina A sintética
por dia, tomada por vários meses.
Assim, a menor que você seja um explorador do
Ártico se alimentando de fígados de ursos e focas que caça por lá, é
muito difícil que você desenvolva um quadro de intoxicação por vitamina A
proveniente de fígado animal. A dose tida como tóxica de 100.000UI por
dia é equivalente a 2,5 porções de 100 gramas de fígado de pato, ou 3
porções de 100 gramas de fígado bovino. Eu não acho que alguém coma tudo
isso de fígado todos os dias! A partir dos trabalhos do Dr. Weston
Price, podemos supor que o consumo de vitamina A em dietas primitivas
era de cerca de 50.000UI por dia.
No que diz respeito ao consumo de fígado por
mulheres grávidas, um estudo feito em Roma, na Itália, não encontrou
nenhum tipo de má formações congênitas entre 120 recém nascidos expostos
durante a gravidez a mais de 50.000UI de vitamina A por dia. (Teratology,
Jan 1999 59(1):1-2). Um estudo suíço observou os níveis de vitamina A
no sangue de mulheres grávidas e foram encontradas doses de 30.000UI por
dia, com nenhuma relação com defeitos de nascimento. (International Journal of Vitamin and Nutrition Research 1998
68(6):411-6). Livros didáticos sobre nutrição escritos antes da Segunda
Guerra Mundial recomendavam que as mulheres consumissem fígado
rotineiramente, enquanto hoje em dia as mulheres grávidas são instruidas
justamente para evitar esse alimento super nutritivo. Não coma bife de
fígado, alerta a revista “Organic Style” em um artigo de fevereiro de
2005 na seção dedicada a alimentação e gravidez. “…ele tem altos níveis
de retinos, um derivado da vitamina A que pode causar defeitos de
nascença”.
Uma recomendação muito boa para o consumo de
fígado é uma porção de 100 gramas dele uma ou duas vezes por semana, que
fornece cerca de 50.000UI de vitamina A a cada porção. O fígado de
galinha, que contém menos vitamina A, pode ser consumido com maior
frequência. Se você notar dores de cabeça ou dores nas juntas com esse
nível de consumo, pare de comer o fígado até que os sintomas
desapareçam.
Comendo fígado cru… Uau!!
Comer fígado cru definitivamente não faz
parte das recomendações da Standard American Dietary (SAD)! Então porque
diabos uma pessoa em sã consciência ao menos consideraria comer um
fígado cru?!? A maioria das razões são piadas com os primatas contando o
quanto aquilo os faz se sentir bem.
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Caçadores do sul têm como tradição comer o fígado de sua caça recém abatida, é a tarefa principal.
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Na Argentina os rancheiros comem fígado e carnes crus ou muito mal passados.
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Pessoas criadas em fazendas contam que
comiam o fígado ainda morno, do animal recém abatido, apenas levemente
cozido (e faziam isso com outros órgãos e glândulas)
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Dr. Weston Price relatou o consumo de
fígado cru em tribos caçadora da África. O fígado era considerado um
alimento sagrado, que eles nunca tocavam com suas mãos, apenas com suas
lanças. Eles comiam o fígado cru ou cozido.
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O médico Max Gerson consumia suco de
fígado cru, extraído com uma centrífuga especial que espremia o suco
para o seu protocólo padrão de tratamento de pacientes com câncer no
pâncreas. Sua filha, Charlotge Gerson, posteriormente eliminou essa
parte do protocolo por conta da dificuldade em se conseguir fígado
fresco e licre de contaminações. Atualmente uma injeção de extrato de
fígado cru ou comrimidos de fígado desidratados são usados em lugar do
fígado cru. Entretanto, o Dr. Nicholas gonzales, um médico de Nova
Iorque que trata câncer numa abordagem holística insiste que todos os
seus pacientes consumam fígado cru.
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