Jornal de Saúde: Gravidez na adolescência, Zika Vírus e a escola o maior responsável como educador de mudar essa realidade crua

Gravidez em tempos de Zika Vírus
** Maria Helena Vilela

Nota do editor: assista a este vídeo:  

É importante dizer que a Saúde Pública deveria ter uma aula por semana com o tema. Visando educar não apenas as alunas, como que engravida e fica "barriguda" até parir é a mulher parece que somente e a mulher é quem deveria ter educação sexual e é a pervetida.

Os meninos devia ser educados a mudar a máxima de que "Quem tem cabrita que segura que meu bode está solto"., coisa desse nível, machista e sem nexo de responsabilidade para com o futuro de uma criança, ou seja, duas crianças, a que pariu, a que nasceu e se o pai for menor, são três crianças. Apesar que estes casos na maioria são pessoas adultas.

Os jovens deveriam ser educados a denunciar mais. Os meninos e as meninas precisam ganhar consciência de que são os maiores prejudicados com a situação como a professora Maria Helena Vilela, expõe, perde o ano letivo, perde o entusiasmo de conquistas sonhos. E, depois resta apenas o sub-emprego para tratar e criar o filho sozinha.
 
A gravidez na adolescência é um dos principais fatores que leva os jovens brasileiros a abandonarem os estudos. Segundo a UNESCO, 25% das garotas que engravidam abandonam a escola. E assim, o sonho profissional de muitos jovens é adiado ou deixa de ser realizado. Só por essa questão, já temos motivo de sobra para se olhar a gravidez na adolescência como um problema social a ser evitado. No entanto, hoje, temos mais um fator para aumentar a nossa atenção – o surto do Zika Vírus.
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O aumento repentino no número de casos de microcefalia, uma condição neurológica rara identificada, em geral, durante a gestação, vem alertando as autoridades médicas brasileiras. Segundo boletim epidemiológico divulgado no dia 15 de dezembro pelo Ministério da Saúde, enquanto em 2010 e 2014 foram registrados um total de 781 casos em todo país, durante o ano de 2015 já foram registrados 2.401 casos da doença e 29 óbitos em 549 municípios do Brasil. A suspeita é que o número crescente de casos de microcefalia esteja relacionado à infecção de mulheres pelo Zika vírus, pertencente a mesma família do vírus da dengue e que também é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

A microcefalia é a má formação do cérebro que ocorre durante a gestação do bebê no útero, ou seja, ele não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, a criança nasce com a circunferência do crânio menor do que a esperada para sua idade, que é em média de 32 cm. Esse problema congênito pode ser causado por vários fatores, como infecções que atinjam o bebê durante a gestação. O que parece ser o caso do Zika Vírus. A microcefalia compromete o desenvolvimento físico e intelectual da criança.

A melhor forma de prevenir os casos de microcefalia associados ao Zika é evitar que as mulheres engravidem nesse momento. Embora considerada uma medida radical, para os médicos, essa conduta pode evitar um desastre maior. “Não é o momento para engravidar, independente do lugar onde mora no Brasil. Há risco em potencial em toda gravidez”, disse o Dr. Thomaz Gallop, Ginecologista e Obstetra em entrevista ao Jornal Folha de S.Paulo.
Segundo o especialista em medicina fetal, a infecção por Zika pode afetar o feto em qualquer período da gravidez, embora, teoricamente, os 3 primeiros meses sejam de maior vulnerabilidade.

Estamos num momento onde ainda não há um controle adequado do mosquito Aedes aegypti, portanto, a prevenção da gravidez, principalmente, na adolescência, deve ser considerada pelos casais. Ainda não temos vacina para prevenir e não existe tratamento para crianças com microcefalia, só terapia de suporte. Consequentemente, as sequelas nas crianças são para a vida toda!

O que a escola tem a ver com isso?

TUDO! 19% (549.556) dos bebês nascidos vivos no Brasil são filhos de meninas entre 10 a 19 anos, ou seja, em plena idade escolar. Como a escola é um dos principais locais de aprendizagem e de relações sociais dos alunos, ela se torna potencialmente, um espaço significativo para ampliar a visão dos jovens e seus familiares sobre a necessidade de se evitar a gravidez na adolescência, ainda mais nesse momento crítico. 
Na minha experiência como Educadora Sexual e Coordenadora do Projeto Vale Sonhar do Instituto Kaplan, as escolas se mostraram extremamente adequadas e eficazes no trabalho de prevenção da gravidez, atingindo resultados significativos. Para se ter ideia, o Vale Sonhar é um projeto que está implantado nas escolas de ensino médio da rede Estadual de Educação de São Paulo, Alagoas, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e, recentemente, de Sergipe.

De 2007 à 2015, o projeto já beneficiou 750.000 alunos do ensino médio, e mais de 6.000 professores e coordenadores pedagógicos foram capacitados com essa metodologia, reduzindo de 50% a 14% o número de gravidez nas escolas que participam da iniciativa.

O Instituto Kaplan realiza a capacitação do Vale Sonhar, juntamente com um material didático específico, criado especialmente para o projeto. O curso pode ser aplicado nas instituições interessadas ou os educadores que desejarem obter a formação, podem fazer inscrições individuais nos cursos oferecidos no Instituto.

Para saber mais sobre o projeto Vale Sonhar, visite o site do Instituto Kaplan: http://www.kaplan.org.br/
 
Agora, o momento é de todos se engajarem nessa causa. Faça alguma coisa para evitar a gravidez na sua escola!

** Maria Helena Vilela é educadora sexual e coordenadora do Projeto Vale Sonhar do Instituto Kaplan

Um comentário:

Marcelo dos Santos - jornalista - MTb 16.539 SP/SP disse...

Jornal de Saúde: Gravidez na adolescência, Zika Vírus e a escola o maior responsável como educador de mudar essa realidade crua
Gravidez em tempos de Zika Vírus
** Maria Helena Vilela

Nota do editor: assista a este vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=olDOsBnXfWo

É importante dizer que a Saúde Pública deveria ter uma aula por semana com o tema. Visando educar não apenas as alunas, como que engravida e fica "barriguda" até parir é a mulher parece que somente e a mulher é quem deveria ter educação sexual e é a pervetida.

Jornal de Saúde informa: jornaldesaude.com.br

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