Os riscos do tabagismo entre os jovens

                           
Especialista ressalta a importância das campanhas e
de espaços para discutir o tema

São Paulo 9 de junho de 2017.  O número de mortes causadas pelo consumo de cigarro, que estava em 4 milhões, no ano 2000, saltou para mais de 7 milhões, segundo dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O relatório, que avalia os custos do cigarro para a saúde, para a economia e seu impacto ambiental, informa que o tabaco é a principal causa evitável de doenças não-transmissíveis.

Uma em cada 10 mortes no mundo é causada pelo fumo.
A publicação científica The Lancet indica que a China, Índia, Estados Unidos e Rússia concentram mais da metade das mortes atribuídas ao tabaco.
Dados do Centro Europeu de Monitoramento de Dependência de Drogas (Espad) apontam a Itália como o país da Europa com o maior número de fumantes nessa faixa etária (37%), seguido pela Bulgária e Croácia (33% cada).
Segundo a Unicef, 17% dos jovens na América Latina fumam diariamente. Este ano, a OMS fez um apelo ao países-membros para a implementação de medidas consistentes de controle incluindo a proibição de todo tipo de marketing e publicidade, venda em locais fechados e ambientes de trabalho, além de embalagens simples para os produtos e aumento preços e de impostos.

Realidade brasileira é diferente e positiva

Em 2016, o Ministério da Saúde divulgou um estudo que constatou que 18,5% (1,8 milhões) dos brasileiros entre 12 e 17 anos já experimentou cigarro. Apesar destes dados, o país é um dos campeões na redução do número de fumantes devido ao aumento sucessivo de preço dos cigarros e aos alertas impressos nas embalagens, dado de abril de 2017.

Luiz Antonio Bragagnolo Junior, Pneumologista, ressalta que existe um expressivo investimento dos fabricantes do setor especificamente para os jovens:

Quais os principais riscos do tabagismo entre os jovens?
Os principais riscos do tabagismo entre os jovens são o aparecimento e/ou piora de doenças respiratórias já existentes: Asma, bronquites e alergias, podendo comprometer a função pulmonar deles. 

É verdade que fumar prejudica o crescimento do pulmão e como consequência fumantes possuem função pulmonar menor do que aquelas pessoas que nunca fumaram?
Na verdade, o tabagismo não prejudica o crescimento do pulmão, mas diminui significativamente a capacidade da função pulmonar.

Jovens fumantes estão mais suscetíveis a que tipo de doença?
Os jovens podem desenvolver mais facilmente a dependência do cigarro, levando ao desenvolvimento de outras doenças pulmonares: DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, bronquite crônica e piora das alegrias respiratórias.

Em que medida esses riscos existem para jovens que não fumam, mas que estão expostos ao fumo passivo?
Jovens tabagistas passivos têm também alta probabilidade de desenvolver ou piorar as mesmas doenças respiratórias que o fumante ativo.

O cigarro cria propensão para o uso de outras drogas?
Sim.  O cigarro é uma droga paradoxalmente lícita, e pode servir, em muitos casos, como o primeiro passo para a experimentação de outras drogas ilícitas.

O que leva um jovem a procurar o cigarro?
O jovem procura o cigarro por conta de questões de aceitação em um grupo, autoafirmação de personalidade e até mesmo por rebeldia.  Além disso, existe também um forte investimento no marketing dos fabricantes de cigarro, especificamente para essa faixa etária.

As campanhas de esclarecimento e as legislações proibitivas têm diminuído a quantidade de jovens fumantes?
Sim, mas ainda há muita dificuldade em se veicular esse tipo de informação de forma mais maciça, e não há muita abertura na sociedade para difundir mais essa discussão.

Qual a orientação para um jovem que quer parar de fumar?
Procurar uma avaliação específica com o especialista: Pneumologista.  Só assim será possível avaliar a função pulmonar adequadamente e orientar corretamente a cessação tabágica.




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