O período
de volta às aulas pode representar uma grande preocupação e tormento
para famílias que têm crianças e adolescentes com alergias, pois boa
parte das instituições de ensino não está preparada para lidar com as
necessidades especiais desses alunos. A primeira ação deve ser
preventiva. “Os pais devem levar os filhos ao médico para identificar os
alérgenos para quais as sensibilidades são maiores”, orienta o
alergista Diener Frozi.
Uma vez
diagnosticada a doença, os responsáveis devem notificar as escolas e
cursos que o aluno frequenta sobre sua condição. A criança vai precisar
de atenção especial e isso deve ser comunicado claramente aos
professores e demais funcionários que irão lidar diretamente com ela.
“Os profissionais de ensino devem ser alertados sobre eventuais fatores
desencadeantes ou agravantes - como a poeira, o pó de giz e até mesmo
alguns alimentos. O médico pode fazer uma declaração. Também é
importante orientar os adultos a reconhecer sinais de uma possível
crise”, explica o doutor Frozi, responsável pelo projeto “Viva Sem
Alergia”, em Duque de Caxias, cidade da Baixada Fluminense.
Por outro
lado, os pais devem dividir a responsabilidade e colaborar com a escola.
Em casos de alergias alimentares, eles podem fornecer lanches com
alimentos seguros para a criança, assim como medicamentos que possam ser
usados em casos de emergência, como são os broncodilatadores em de
forma sprays inalatórios, recomendados para crise de asma. “Cabe aos
responsáveis preparar os filhos para que fiquem afastados de substâncias
que representem perigo, além de deixar a medicação com os responsáveis
da escola para usar em casos de emergência.”, resume o alergista.
O cuidado
dos responsáveis pela criança deve começar por desempenhar um papel
ativo e sugerir medidas que possam minimizar os riscos para os
alérgicos. “É possível estabelecer um diálogo para propor questões como a
adoção de uma rotina de limpeza mais rigorosa das salas de aula e dos
aparelhos de ar-condicionado, assim como a criação de opções de refeição
diferenciadas e a compra de materiais escolares hipoalergênicos, como
tintas, giz de cera e massas de modelar”, esclarece Frozi.
Sobre o Viva Sem Alergia
O
projeto social Viva Sem Alergia atende pacientes da Baixada Fluminense,
na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com objetivo de tratamento,
controle e prevenção de alergias e doenças imunológicas. Na unidade de
saúde localizada em Duque de Caxias, os pacientes realizam exames
gratuitamente, como o teste cutâneo para detectar os alérgenos aos quais
são mais suscetíveis. Em caso de diagnóstico confirmado de asma, o
tratamento é iniciado com kits alérgicos com broncodilatadores em forma
de sprays inalatórios, as conhecidas “bombinhas”, distribuídas sem
custo. A oferta é possível graças a parcerias com instituições como a
Cruz Vermelha de São Gonçalo.
|
Um comentário:
terça-feira, 8 de março de 2016
Como manter alergias controladas na volta às aulas Médico dá dicas para que pais e escolas possam manter a alergia fora da sala de aula
Postar um comentário