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São Paulo, 11 de julho de 2017 – A resiliência tem sido objeto de estudos da psicologia e da neurologia há várias décadas. Mais recentemente, os especialistas começaram a estudar a resiliência no âmbito das relações familiares e do casamento.
Segundo Denise Miranda de Figueiredo, psicóloga, terapeuta de casal e família e cofundadora do Instituto do Casal, o casal resiliente é aquele capaz de recuperar o equilíbrio conjugal em situações de estresse, saindo fortalecido da experiência e com novos recursos para enfrentar as adversidades futuras. Além disso, há um bom vínculo emocional entre os parceiros, que por consequência se querem bem, se respeitam e trabalham em prol de objetivos em comum.
Uma das novidades em resiliência familiar, trazida com exclusividade peloInstituto do Casal, diretamente do Chicago Center for Family Health, nos Estados Unidos, é a premissa de que quando você aumenta a sua resiliência pessoal, isso impacta para elevar a resiliência no casamento.
“Participamos na última semana de junho de um curso de capacitação voltado para relacionamentos e psicoterapia, em Chicago, nos Estados Unidos. Tivemos a oportunidade de acompanhar a palestra da Froma Walsh, uma das pesquisadoras e especialistas em resiliência familiar. Foi muito interessante entender que na medida em que nos propomos a cuidar bem de nós mesmos e a fazer coisas diferentes, a tendência é ampliar a nossa resiliência dentro do casamento”, explica Marina Simas de Lima, psicóloga, terapeuta de casal e família e cofundadora do Instituto do Casal.
Segundo as especialistas, esses cuidados vão desde hábitos saudáveis, como fazer atividade física, se alimentar bem, dormir bem, como também buscar atividades que irão trabalhar a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do cérebro para criar novas conexões a partir de experiências inéditas.
Como praticar a resiliência no casamento? “O casal precisa promover crenças positivas a respeito dos problemas. As crenças devem levar à recuperação e ao crescimento. A perspectiva positiva também pode vir da esperança, da visão otimista e da confiança de que os obstáculos serão vencidos. A resiliência pode ser reforçada pela conexão (vínculo emocional), reconexão e reparação constantes dentro da conjugalidade, o que contribui para ampliar o apoio mútuo e o compromisso entre os parceiros”, comentam as terapeutas.
Veja agora algumas dicas importantes para colocar tudo isso em prática:
- Compartilhe as informações e aprenda a negociar conflitos: Quando houver um problema, o casal deve sentar e falar sobre o assunto e discutir as expectativas de solução para cada um. Isso contribui para a construção de significados que podem ser compartilhados, facilitando a tomada de decisão. Os casais resilientes pensam conjuntamente sobre os problemas e possíveis resoluções. Buscam opções e recursos em um processo partilhado para tomarem decisões. É preciso desenvolver a capacidade de escuta, negociação, e reciprocidade.
- Expresse suas emoções de forma aberta: A confiança entre o casal motiva e reforça a possibilidade de compartilhar as emoções e sentimentos de forma honesta, respeitando o tempo de cada um, as necessidades e diferenças individuais fortalecendo espaços para desenvolver a empatia entre os parceiros dentro do casamento.
- Cuida da saúde: Procure manter um estilo de vida saudável, que envolve uma alimentação equilibrada, prática de atividades físicas, cuidados com a saúde em geral, inclusive a mental, boa qualidade de sono e atividades de lazer.
- Malhe o cérebro: Para que o cérebro faça novas conexões entre os neurônios precisamos fazer as coisas de maneira diferente ou fazer coisas que nunca fizemos. Por exemplo, mudar o caminho para o trabalho, escovar os dentes com outra mão, estudar uma nova língua, etc.
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Marcelo
Editor e jornalista - MTb 16.539 SP/SP
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