- Todas as pessoas que relatam
dificuldades digestivas podem ser consideradas intolerantes à lactose
MITO: A má absorção é uma ineficiência do organismo em quebrar e transformar, em partículas mais simples, a lactose. Isso ocorre em virtude de baixa concentração ou ausência da enzima lactase do indivíduo. Por sua vez, a má absorção ou hipolactasia podem ser o gatilho para o desenvolvimento da intolerância à lactose, que nada mais é do que a sintomatização da má digestão no trato gastrointestinal, com o surgimento de cólicas, gases, diarreia e estufamento, após o consumo de alimentos de base láctea.
Leia e sempre que possível deixe seu comentário. Obrigado Marcelo Editor e jornalista - MTb 16.539 SP/SP
MITO: A má absorção é uma ineficiência do organismo em quebrar e transformar, em partículas mais simples, a lactose. Isso ocorre em virtude de baixa concentração ou ausência da enzima lactase do indivíduo. Por sua vez, a má absorção ou hipolactasia podem ser o gatilho para o desenvolvimento da intolerância à lactose, que nada mais é do que a sintomatização da má digestão no trato gastrointestinal, com o surgimento de cólicas, gases, diarreia e estufamento, após o consumo de alimentos de base láctea.
- Alergia à proteína do leite e
intolerância à lactose são iguais
MITO:
A intolerância à lactose é um problema digestivo causado pela insuficiência ou
deficiência de lactase, o que não permite que a quebra da lactose ocorra no
intestino delgado. O açúcar permanece inalterado e segue para o intestino
grosso, onde se acumula e começa a ser fermentado pelas bactérias, liberando
gases (Hidrogênio (H2), causando os desconfortos. Enquanto a alergia é
classificada como uma reação imunológica às proteínas do leite, que se
manifesta após a ingestão de uma porção, por menor que seja, de leite ou
derivados. Explicando de forma simples: por algum fator desconhecido, o sistema
imunológico passa a classificar a proteína do leite como uma ameaça ao
organismo, provocando reações com o objetivo de expulsá-la como alterações no
intestino, na pele e no sistema respiratório.
- A intolerância à lactose pode se
acentuar com o tempo
VERDADE: O organismo humano é programado
geneticamente para diminuir a produção da enzima lactase após a infância. Com
menos lactase, a digestão da lactose fica mais difícil, podendo causar os desconfortos
da intolerância ou agravando o quadro. Uma solução para o problema é a
administração de lactase exógena com o acompanhamento de um médico ou
nutricionista. Esta condição é muito comum e afeta cerca de 60 a 70% da
população mundial adulta, variando de acordo com a etnia e região geográfica. Não
há um período de vida específico para que a pessoa comece a apresentar desconfortos
de má digestão de leite e derivados. Desta forma, ao identificar que os
sintomas se tornam corriqueiros após o consumo de alimentos de base láctea, é
necessário que a pessoa procure orientação médica e receba um diagnóstico mais
preciso.
- A única alternativa para combater o
desconforto da intolerância à lactose é por meio da restrição alimentar
MITO:
Além da diminuição do consumo de lactose, a pessoa pode optar pela
suplementação alimentar de enzima lactase. O método de suplementação por enzima
lactase não possui efeitos colaterais, mas deve ser acompanhado por um
profissional da saúde.
- Para as pessoas com intolerância à
lactose não existem níveis para consumo de leite e derivados sem apresentar os
desconfortos gastrointestinais
MITO:
Segundo estudos, mesmo para pessoas com sensibilidade à lactose, há níveis toleráveis
de consumo de leite e derivados em que é possível manter a qualidade de vida,
sem apresentar os desconfortos gasrointestinais. A porção diária pode variar
entre 12 e 13 gramas. Para quantidade entre 14 a 18, o consumo deve vir
acompanhado de outros alimentos junto com o leite e ou derivados.
- Apenas por meio de exame de sangue
você pode ser diagnosticado como intolerante à lactose
MITO:
Atualmente há também o exame do hidrogênio expirado, onde o indivíduo assopra
em um equipamento, como se fosse um bafômetro, após a ingestão de solução com
lactose. O hidrogênio é produzido pela flora bacteriana devido à problemas de
digestão da lactose. Então, o gás é cai na corrente sanguínea e é exalado na
respiração.
- A lactose está presente em todos os
alimentos lácteos.
MITO:
Por meio do processo de fabricação, alguns produtos de base láctea perdem
naturalmente a lactose, como é o caso de alguns tipos de queijos. Já outros
produtos não lácteos, como por exemplo, salsicha e presunto têm a lactose
adicionada.
- Leite de soja não contém lactose
VERDADE: A lactose é um açúcar natural presente
apenas em leites de origem animal, seja de bovinos, caprinos, entre outros. Os
leites oriundos de extração vegetal, como o leite de coco, de soja, arroz,
entre outros, não contém lactose.
- Pessoas que optaram por dietas
restritivas sem derivados do leite precisam fazer suplementação de cálcio
VERDADE: Os derivados de leite são uma das
principais fontes de cálcio do ser humano, não só por seu grau nutricional, mas
também por serem alimentos muito palatáveis. A dieta restritiva pode gerar
deficiência em outras substâncias vitais para o corpo humano, como a vitamina A
e D, e a riboflavina (vitamina B2) (REFERENDAR). Por isso, o acompanhamento
médico e nutricional se faz tão importante para as pessoas que fizerem esta
opção.
- A intolerância à lactose varia entre
as diferentes etnias
VERDADE: Estudos realizados mostram que o grau
de incidência varia conforme os povos e as regiões geográficas do planeta,
sendo apenas de, aproximadamente, 5% no nordeste da Europa. A prevalência
aumenta em direção ao centro-sul daquele continente e chega a quase 100% na
Ásia e Oriente Médio. No Brasil, a avaliação
do genótipo dos indivíduos com detecção do alelo relacionado à persistência de
lactase, mostrou que 57% dos brancos e dos mulatos possuem problemas de
digestão de derivados de leite. Já entre a população negra, o índice é de 80% e
100% entre os descendentes de japoneses.
- A intolerância à lactose restringe o
convívio social
VERDADE: Uma vez diagnosticada a intolerância à
lactose pode significar uma série de restrições de convívio social, caso não
seja adotada uma suplementação alimentar à base de lactase. Será necessário que
o indivíduo mude radicalmente seus hábitos alimentares, passando a ser
obrigatório a leitura de rótulos de alimentos, bebidas e medicamentos
industrializados, pois diversos produtos contém leite e derivados em sua
fórmula, como anticoncepcionais, medicamentos em comprimidos, salsicha,
presunto, salame, alguns tipos de adoçantes e cervejas, entre outros. Idas a
lanchonetes e restaurantes ficarão condicionadas a locais com cozinhas
especializadas com cardápios com lactose
free.
Referências
Sugestão
de leitura:
MATTAR,
Rejane et al. Intolerância à lactose: mudança de paradigmas com a biologia
molecular. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 56, n. 2, p. 230-236,
2010. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S010 4-42302010000200025
DE
MORAES, Adriane Elisabete Antunes; AMANCIO, Olga Maria Silverio. Declaração de
Posicionamento da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição sobre Consumo
de Leite e de Produtos Lácteos e Intolerância à Lactose. Disponível em:
http://www.sban.org.br/publica coes/posicionamentos/371/posic ionamento-sobre-consumo-de-lei te-e-de-produtos-lacteos-e-int olerancia-a-lacto
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