Nos 25 anos do Código de Defesa do Consumidor, pesquisa do Data Popular e Idec revela que maioria dos brasileiros conhece a lei e seus direitos, mas não reclama de maneira efetiva
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Entrevistas
com 800 pessoas de todo o país constatam que 92% dos brasileiros
conhecem a lei consumerista, mas insatisfações são mais relatadas a
amigos e parentes que a canais formais; setores de telecomunicações,
transportes, saúde pública, bancos e serviços de água e luz preocupam
mais.
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Nesta terça-feira (15), Dia Mundial do Consumidor, o Instituto Data Popular e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) divulgam pesquisa em comemoração aos 25 anos do Código de Defesa do Consumidor (CDC).
O estudo revela como os brasileiros se comportam diante dos seus
direitos, além de apontar quais são os serviços/produtos que mais
apresentam problemas e as maneiras mais usadas para reclamar quando
estão insatisfeitos. E mostra, principalmente, que quanto mais o
brasileiro conhece o código, mais motivado a reclamar ele fica e mais
preciso é na sua queixa.
De acordo com o
levantamento realizado de 18 de fevereiro a 1º de março, com 800 pessoas
espalhadas por todo o país, o número de brasileiros que dizem conhecer
ao menos alguns de seus direitos de consumidor e também a principal lei
consumerista é bastante alto. No total, 92% dos entrevistados afirmam conhecer o código e 35% dizem já tê-lo consultado.
Em relação ao nível de
informação sobre o assunto, 96% dizem conhecer os seus direitos e 4% não
conhecem nada. “Os níveis gerais de conhecimento dos direitos de
consumidor, do próprio código e mesmo de consulta a ele são elevados e
parecem ter apresentado um crescimento”, afirma Carlos Thadeu de
Oliveira, gerente técnico do Idec. Em pesquisa semelhante publicada pelo
Idec em novembro de 2012 o percentual de pessoas que conheciam seus
direitos era um pouco menor: 92%.
O estudo atual ainda
reforça que os setores que mais dor de cabeça causam ao consumidor são
velhos conhecidos: telecomunicações disparada à frente (97%), seguida de
saúde pública (91%), transporte público (89%), bancos (87%) e os
serviços de água, luz, educação pública e planos de saúde (85%).
O levantamento também
procurou mapear como os consumidores reclamam, e a constatação é que o
brasileiro recorre a formas variadas para resolver seus problemas, e que
há diferenças relevantes de setor para setor. Serviços
públicos como transporte, saúde e educação são aqueles em que é mais
frequente, entre todos os setores pesquisados, a reclamação informal
dirigida apenas a amigos e parentes. As redes sociais também acolhem
muitas reclamações. Por outro lado, comparando com os demais setores, as
queixas diretamente no prestador do serviço é menos frequente. O
recurso a órgãos de defesa do consumidor também é raro.
Para Renato Meirelles,
presidente do Data Popular, “vemos que o consumidor brasileiro está cada
vez mais exigente e mais crítico com empresas e serviços que frustram
suas expectativas. Isso se estende também para serviços públicos, que
deixam de ser vistos como favores e passam a ser encarados como
direitos. O Código de Defesa do Consumidor desempenha um papel
importantíssimo nessa conscientização, mas é fundamental ampliar a sua
divulgação e dos canais que a população tem à sua disposição”.
Na data em que o código
comemora 25 anos de vigência, é visível que quanto mais conhecida é a
lei, mais dirigida é a reclamação e mais frequente ela é, ainda que nem
sempre seja reportada aos canais adequados. “Mesmo para os serviços
públicos, em que as reclamações são mais difusas, os consumidores que
reclamam sempre são os que dizem já ter consultado o CDC, o que mostra a
importância de difundir uma lei que vale para serviços públicos e
privados”, afirma Carlos Thadeu de Oliveira.
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Nos 25 anos do Código de Defesa do Consumidor, pesquisa do Data Popular e Idec revela que maioria dos brasileiros conhece a lei e seus direitos, mas não reclama de maneira efetiva
Marcelo dos Santos - jornalista - MTb 16.539 SP/SP
Marcelo dos Santos - jornalista - MTb 16.539 SP/SP
11H23
março 15, 2016
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