Jamie Oliver quer que mães amamentem “mais” e em “qualquer lugar”



Uma avalanche de mães repercute nas mídias sociais as declarações de Jamie Oliver sobre a amamentação. Mesmo com defensores e detratores, o debate é positivo

Jamie Oliver - chef de cozinha e personalidade televisiva do Reino Unido - declarou seu apoio aberto ao aleitamento materno. O cozinheiro diz que deseja “lutar pelo direito das mães amamentarem em qualquer lugar".


Depois de dedicar muito tempo para fazer campanhas para a criação de um imposto sobre o açúcar e as bebidas açucaradas, o pai de quatro filhos disse que sua nova missão é resolver o "problema que a Grã-Bretanha parece ter com a amamentação”.

Segundo Oliver, "é preciso apoiar as mulheres da Grã-Bretanha para que elas amamentem mais e em qualquer lugar que desejarem. Temos um problema com a amamentação. E se você pensar sobre isso, a amamentação é o começo da história - antes da brigada para melhorar o lanche escolar, antes de coibir a venda indiscriminada de bebidas açucaradas. Amamentar é algo que é muito natural para nós: é fácil, é mais conveniente, é mais nutritivo, é melhor, é grátis", disse em entrevista à Rádio LBC.

Oliver disse que apoiar a amamentação é tão importante quanto brigar por um imposto sobre o açúcar para defender a saúde das crianças na Grã-Bretanha, acrescentando que as duas questões estão relacionadas. "Quando você se preocupa com a saúde das crianças, você não pode simplesmente olhar para uma coisa ou outra", disse ele.

"O imposto sobre bebidas açucaradas é interessante, mas se você realmente se preocupa com a obesidade infantil, verá que o problema é realmente grande, amplo, diversificado e a amamentação está no epicentro do problema”, defende Oliver.

Reações contrárias

As ouvintes da rádio não ficaram tão satisfeitas com a campanha de Oliver como ele esperava. Muitas alegam que “um homem não é o melhor advogado para a amamentação”.

As críticas das ouvintes recaem sobre a palavra FÁCIL. Elas defendem que amamentar "não é fácil para todas as mães”.  E questionam: “como alguém que nunca tenha amamentou pode ser o rosto desta campanha?”.

A cantora Adele, mãe de Ângelo de 3 anos, engrossou o coro contra James Oliver, quando interpelada em um show, afirmando que a “pressão sobre as mães é f***, é ridícula (...) Tudo o que eu queria fazer era amamentar, mas não consegui. Se eu estivesse na selva, meu filho estaria morto porque o meu leite se foi”, levando o público de 20 mil pessoas às risadas com a comparação.

Após os protestos, James Oliver escreveu em seu twitter: “Eu entendo que a amamentação muitas vezes não é fácil e, em alguns casos, nem mesmo possível, mas só queria apoiar as mulheres que amamentam. (...) Como um pai - e com mais um filho para nascer - eu nunca iria ofender as mulheres ou as mães, já que eu sei o quão incríveis elas são”.

Enquanto os debates seguem acalorados nas redes sociais, com detratores e defensores se posicionando contra e a favor de Oliver, uma pesquisa com 2.393 mães realizada pelas autoridades de saúde pública da Inglaterra, em novembro de 2015, constatou que mais de um terço das mulheres "fogem" da amamentação em público. Uma em cada cinco disse que não amamenta em público porque não se sente bem com a censura pública. Uma em cada 10 mulheres que optou por não amamentar disse que a preocupação de fazê-lo em público influenciou sua decisão.

“Daqui do Brasil, apoiamos a cruzada de Jaime Oliver em prol da amamentação. Aplaudimos cada manifestação positiva em favor do aleitamento materno, seja do Papa Francisco, seja da modelo Gisele Bündchen. Só combateremos os tabus que cercam o tema com a junção de forças, não com a divisão de vozes na Internet. Mas de forma alguma, desejamos afastar as mães que por qualquer razão não puderam ou não conseguiram amamentar. Elas também, em grande parte das vezes, conhecem os benefícios do aleitamento e, se tivessem tido a oportunidade e o apoio necessários, com certeza amamentariam”, defende o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

Mamaço na Paulista

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