Januária, 13 de fevereiro de 2016
Aos Ilustres Representantes da
Comissão Nacional da Convenção em Andamento de Minas Gerais e demais filiados
No dia 25 de março
houve uma reunião entre os filiados da Rede Minas e a Comissão Nacional para
tratar da chamada Convenção em Andamento de Minas Gerais.
Não estive presente,
mas recebi os informes das discussões que permearam a reunião.
Segundo as
informações o meu nome foi considerado para continuar fazendo parte do
Diretório da Rede Minas que será definido na chamada Convenção em Andamento.
Gostaria de agradecer
a indicação, mas declino a minha participação seja no Diretório, Executiva,
como também peço a minha substituição como Delegada Representante de Minas no
Congresso Nacional da Rede que ocorrerá em março.
Não é novidade que a Rede
Minas tem enfrentado problemas desde o seu estabelecimento no Estado e após o
registro do partido a situação foi agravada pelo suposto esquema de filiações
em massa patrocinado por um parlamentar com a chancela de membros da Rede.
O caso ainda não foi
analisado pelas instâncias partidárias, por isso não existe decisão formal em
relação aos fatos.
Nesse clima de
desconfiança e animosidade foi realizada a Convenção Estadual do partido a qual
foi acompanhada por membros da Direção Nacional.
Após a eleição do
Diretório e dos Porta Vozes levantou-se uma suspeita em relação a membros
eleitos na convenção, entre eles o Porta Voz masculino Leo Santos.
A questão foi levada
a apreciação do Elo Nacional que decidiu pela homologação parcial da convenção
e estabelecimento de uma comissão para acompanhar a chamada Convenção em
Andamento.
Assim os filiados de
Minas Gerais se viram na situação de rediscutir a composição do diretório que
fosse aceita pela direção nacional, especialmente em relação à figura do Porta
Voz Masculino.
No meu entendimento a
solução encontrada é verdadeira aberração jurídica, pois se há mácula na
convenção realizada em Minas a mesma deveria ter sido integralmente anulada.
Compreendo que a
decisão visou remediar a situação e tem o intuito de fazer uma composição com
os chamados grupos existentes em Minas.
Em reunião anterior
com o Porta Voz Nacional da Rede (ocorrida quando da acolhida do Deputado Paulo
Lamac) deixei clara a minha posição de não realizar nenhum tipo de acordo com o
denominado grupo Carla/Izinho.
Na mesma ocasião
também expressei meu apoio ao Porta Voz Masculino, eleito em convenção, e
rechacei qualquer tipo de destituição ou “saída voluntária” que se baseasse em
conjecturas e suposições sem que houvesse apropriada avaliação e julgamento
perante a instância competente, no caso, a Comissão de Ética
Assim, como nos disse
o Porta Voz Nacional naquele encontro, a verticalidade serve para manter a
essência partidária, e é nesse viés que reitero minha posição e assevero minha
total indisponibilidade de fazer qualquer tipo de concessão seja ao grupo
citado ou a saída do Porta Voz.
Como na Rede preza-se
pelo chamado consenso progressivo e nessa questão minhas convicções são
irredutíveis não há condições para que eu permaneça no Diretório, Executiva e
Delegada do Congresso Nacional.
Destarte, para manter
os meus valores e princípios e não atrapalhar a resolução da celeuma criada em
Minas, peço vênia aos amigos, mas agirei verticalmente, pois preciso preservar
a minha essência.
Agradeço aos companheiros
de caminhada, mas por ora, prefiro permanecer apenas como filiada, se assim me
for permitido.
Desejo aos amigos um
bom trabalho na construção da Rede em Minas e boa sorte, vocês vão precisar...
Atenciosamente
Letícia
Campos da Mota
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