A crescente utilização da internet por
meio de dispositivos móveis, intensificados pela facilidade,
dinamicidade e praticidade na aquisição e disseminação de informaçōes,
compartilhamento de dados, realização de operações financeiras, compra
de produtos, serviços e outros, se faz cada vez mais presente na vida
cotidiana.
|
ilustração: pessoa conectadas no metrô |
Introjetados na sociedade
contemporânea, os celulares, smartphones e computadores tornaram-se
“necessários” na sociedade, que até em alguns casos podem ser comparados
a ingestão de alimentos.
Conforme dados da consultoria IDC
Brasil, estima-se que, neste ano, mais de 30% das operações financeiras
sejam realizadas por meio de soluções móveis, aplicativos que
possibilitam a realização de pagamentos e diversos serviços bancários,
além da compra de presentes, dentre outras ações.
Conhecida como “Nomofobia”, a fobia ou
medo de permanecer isolado e desconectado do mundo virtual é um dos
grandes males da sociedade atual.
Os sintomas da abstinência do uso de
aparatos tecnológicos e internet no convívio social é tão grave que em
até alguns casos, podem ser comparados com a abstinência de drogas como
álcool e o cigarro.
Para o professor e psicólogo da
Faculdade Santa Marcelina (FASM), Breno Rosostolato, é necessário e
urgente discutir com profundidade o problema da dependência desses
aparelhos, uma vez que o uso desses dispositivos fazem parte de um
fenômeno social cada vez mais comum e rotineiro na relação das pessoas
com a informatização.
O perigo é tão iminente que algumas
correntes psicológicas cogitam que o vício do uso de dispositivos móveis
e da internet podem ter uma correlação com a Síndrome do Pânico. “A
pessoa acometida pela síndrome não consegue sair de casa sem o aparelho,
com medo de passar mal na rua e não ter um contato imediato para ajuda.
Convence-se que o aparelho é imprescindível e indispensável para se
sentir segura” – alerta.
De acordo com Rosostolato, embora o
uso da tecnologia seja importante e essencial na contemporaneidade,
fundamental é entender o cerne da questão, que pode estar associada ao
prazer.
“O uso indiscriminado e demasiado de
aparelhos conectados a internet pode estar associado a banalização do
prazer, que em algum momento, irá causar problemas e dificuldade na vida
da pessoa viciada”.
O especialista ainda destaca que se o
indivíduo não têm controle de suas ações, acessa a internet
constantemente, verifica mensagens, e-mails, redes sociais e outras
funções com frequência, chega atrasado em compromissos, não realiza as
refeições em horários habituais, perdendo o controle dos próprios
horários, ou mesmo não conclui atividades simples do dia a dia devido ao
uso do celular, talvez sejam indícios e alertas de dependência, pois
conforme explica, o vício é ritualístico, ou seja, a pessoa está
condicionada a usar o aparelho para sentir-se bem, fazendo da ação uma
rotina e um hábito.
“A repetição desse comportamento
transforma-se em um movimento automático, concretizando e sedimentando o
estado de dependência”, afirma.
Em consequência da preocupante
situação, o psicólogo salienta que é imprescindível que as pessoas e
familiares que percebam algum indício de Nomofobia em um indivíduo,
procurem atendimento clínico profissional, a fim de não comprometer seu
cotidiano e os relacionamentos sociais.
O psicólogo está disponível para conceder entrevistas sobre
o tema. Para entrevistá-lo entre em contato a equipe de assessoria da
FASM:
|
Um comentário:
Feb
25
Nomofobia, será mesmo a nova "doença" devido ao medo de ficar sem o aparelho e outro mal
A crescente utilização da internet por meio de dispositivos móveis, intensificados pela facilidade, dinamicidade e praticidade na aquisição e disseminação de informaçōes, compartilhamento de dados, realização de operações financeiras, compra de produtos, serviços e outros, se faz cada vez mais presente na vida cotidiana.
Postar um comentário