FRAUDES CORPORATIVAS AFETARAM 69% DAS EMPRESAS DE SAÚDE, MEDICAMENTOS E BIOTECNOLOGIA
Aumento da terceirização e das operações offshore estão entre os principais motivos para o aumento das fraudes nestes setores.
Aumento da terceirização e das operações offshore estão entre os principais motivos para o aumento das fraudes nestes setores.
De
acordo com a última edição do Global Fraud Report, da Kroll, líder
mundial em soluções de risco, mais de dois terços (69%) das empresas do
setores de saúde, medicamentos e biotecnologia foram vítimas de algum
tipo de fraude. Os resultados mostram que os tipos mais comuns de fraude
nestes setores referem-se à gestão de conflito de interesses (17%) na
área de saúde, sendo este o segundo maior número de empresas entre todas
as que foram consultadas. Em seguida, vêm os casos de fraudes
resultantes do roubo de ativos físicos ou em estoque (14%) e falhas de
compliance (14%). Mais de uma a cada dez empresas (13%) do setor sofreu
alguma fraude relacioanda ao roubo de propriedade intelectual, sendo
este o maior número entre todas os setores pesquisados.
Estes
números fazem parte da pesquisa encomendada pela Kroll à Economist
Intelligence Unit, em nível global, sobre a fraude e seus efeitos nos
negócios. Um total de 768 executivos de nível sênior participou da
pesquisa, de diversas indústrias, incluindo Serviços Financeiros,
Serviços Profissionais, Varejo e Atacado, Tecnologia, Mídia e
Telecomunicações, Saúde e Farmacêuticos, Viagens, Lazer e Transportes,
Bens de Consumo, Construção, Engenharia e Infraestrutura, Recursos
Naturais e Manufatura.
A
pesquisa também mostra que quatro a cada cinco (78%) empresas dos
setores de saúde, medicamentos e biotecnologia disseram que sua
exposição a fraudes aumentou em 2014. Os principais motivos foram a alta
rotatividade (28%) e o aumento da terceirização e de operações offshore
(19%), sendo este um caminho fácil para o roubo de propriedade
intelectual. Embora 19% tenham reportado o aumento na terceirização e
nas operações offshore, apenas 18% disseram incrementar a proteção de propriedade intelectual este ano.
Snežana
Gebauer, diretora do escritório da Kroll em São Paulo, diz: “Um dos
resultados mais reveladores do relatório é o quanto as empresas estão se
sentindo vulneráveis às fraudes. De um jeito ou de outro, o fantasma da
fraude surge em todas as relações de negócios. O que o relatório da
Kroll põe em evidência é que, com frequência, a fraude é um “trabalho
interno” e que as empresas devem buscar tanto nas relações internas e
externas se elas são mais eficientes para a proteção do seu dinheiro, de
sua propriedade e de seus dados”, diz a executiva.
O
relatório mostra que as empresas do setor de saúde não estão tomando
medidas quanto à exposição aos riscos de fraudes, com apenas 36% das
empresas informando que vão investir em controles de gestão este ano.
“Enquanto
a tecnologia possibilitou novas maneiras de se cometer uma fraude,
nosso trabalho diário com os clientes confirma o que o relatório também
revela – o roubo, o suborno e a propina ainda são efetivas e
generalizadas. Com a natureza humana sendo o que é, a fraude sempre
estará ao nosso lado, quer ela ocorra no escritório da empresa ou em
algum lugar no mundo da cadeia de suprimentos. No entanto, existem
diversas estratégias, recursos e melhores práticas disponíveis para as
empresas que podem ajudá-las a proteger a si próprias e seus
investimentos”, conclui Snežana.
Porcentual de empresas do setor afetadas por diferentes tipos de fraude
Tipo de Fraude
|
Porcentual de empresas afetadas
|
Gestão de conflito de interesses |
17%
|
Falhas de Compliance |
14%
|
Roubo de ativos físicos |
14%
|
Roubo de propriedade intelectual |
13%
|
Fraudes ligadas a fornecedores ou às áreas de abastecimento e compras |
11%
|
Roubo de informações |
10%
|
Fraude financeira interna |
8%
|
Corrupção e suborn |
7%
|
Desapropriação dos fundos da empresa |
6%
|
Lavagem de dinheiro |
1%
|
Conluio de mercado |
1%
|
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