Tecnologia 3D proporciona novas oportunidades para portadores de deficiência física
Próteses desenvolvidas a partir da técnica pretendem beneficiar população
A tecnologia atual alça o mercado para vários blocos, inclusive a área da saúde com a produção de próteses em 3D para auxiliar portadores de deficiência física a movimentarem-se com mais facilidade.
Diferentemente do que se via trinta anos atrás, por exemplo, hoje é
possível que uma pessoa retorne a se locomover com mais facilidade por
meio das próteses em 3D, deixando de lado o velho estereótipo de “inválido” e “aleijado”, por exemplo, usados de forma pejorativa para definir aquele que nasceu com alguma tipo de deficiência motora ou precisou sofrer amputação em algum momento da vida.
As crianças são as que mais sofrem com a situação, por conta do
bullying a que são sujeitos na escola, afetando o psicológico. Mas
engana-se quem pensa que apenas essa fase da vida é afetada pela perda
de um membro. Adultos perdem oportunidades de trabalho e
sofrem com a limitação de algumas funções. Uma pesquisa realizada por um
instituto de diagnóstico americano constatou que uma criança em cada
mil nasce sem algum dos dedos, e outras perdem dedos e mãos em
acidentes. A cada ano, cerca de nove mil crianças são amputadas apenas
por causa de problemas com cortadores de grama.
Todavia, o cenário econômico do país não propicia investimentos suficientes para sanar os custos do desenvolvimento desse tipo de tecnologia.
Isso faz com que o valor dessas próteses não seja prontamente acessível
a toda população brasileira. Nos Estados Unidos, foram desenvolvidas
próteses em aço e plástico, por exemplo, com valores que variam de US$60
a US$300.000. Levando em conta os curstos de importação de produtos
estrangeiros e somados a produção do material, A 3D Protos,
contudo, é uma empresa que vem no sentido contrário a essa afirmativa. A
empresa gaúcha desenvolve testes que pretendem atender a todos aqueles
que fazem parte da categoria.
Os testes são realizados minuciosamente, com muita atenção e
profissionalismo. De acordo com o diretor executivo da empresa, Fernando
Flores, “a impressão 3D que exige muita atenção nas diversas etapas que o processo requer. Com parcerias com hospitais, oferecemos os testes para
alguns pacientes. A partir desse acordo, é realizado um estudo completo
baseado na pessoa, com pesquisas a respeito de interface,
posicionamento e a modelagem 3D, isso tudo tendo como
objetivo suprir a necessidade específica de cada paciente. Dessa forma,
depois do período de testes os produtos precisam ser certificados e só
depois irão para o mercado”.
Os exames são bem avaliados, visto a necessidade desse tipo de
serviço no mercado. “Estamos observando que existe essa lacuna aberta para esse serviço, pois o índice de abandono das próteses pode chegar a até 70%, como nos casos de tratamento para
membros superiores. Assim, com esse projeto em desenvolvimento,
pretendemos criar próteses impressas em três dimensões realmente
ajustados ao paciente, para que eles se adaptem da melhor
maneira possível e não abandonem as próteses, episódio recorrente em
muitos casos”, conclui o diretor.