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Multinacional doa kit de prevençao ao Aedes aegipty para escolas em Piracicaba, SP

Mérieux NutriSciences doa kit educativo de prevenção ao Aedes aegypti para escolas municipais e estaduais de Piracicaba/SP

União entre iniciativa privada, pública e universidade mostra a importância da conscientização na eliminação de criadouros do mosquito

Mesa composta pelo Prof. Cláudio Von Zuben, diretor do Instituto de Ciências Biológicas da UNESP - Rio Claro,  Ângela Correa, Secretária Municipal de Educação, Dra. Cristiane Matavelli, Coordenadora do Laboratório de Vetores e Pragas da Mérieux NutriSciences, Gabriel Ferrato, Prefeito de Piracicaba, Pedro Mello, Secretário Municipal de Saúde e Fábio Negreiros, Diretor Regional de Ensino de Piracicaba

Piracicaba/SP, março de 2016 - A multinacional Mérieux NutriSciences anunciou na última quinta-feira, 3, que desenvolveu e irá doar 350 kits educativos “Todos Contra o Aedes” para todas as escolas municipais e estaduais de Piracicaba, interior paulista, atingindo mais de 66 mil alunos. A ação foi uma união de esforços entre a empresa, a Secretaria Municipal de Educação, a Secretaria Municipal de Saúde, o Centro de Zoonoses de Piracicaba (CCZ) e a Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) - Campus de Rio Claro.

O kit educativo “Todos Contra o Aedes” mostra todas as fases de vida do mosquito para que seja utilizado em sala de aula com os alunos, juntamente a um guia de orientação desenvolvido pela coordenadora do Laboratório de Vetores e Pragas da Mérieux NutriSciences, Dra. Cristiane Matavelli, em parceria com a Zoonoses de Piracicaba, que explica passo a passo a origem do mosquito, como ele se reproduz, como é possível combatê-lo, qual é a função do mosquito na transmissão de doenças e o que é verdade e o que é mito sobre o Aedes aegypti, assim como sobre os vírus da Dengue, Zika e Chikungunya.

“Fazer com que um adulto altere sua rotina, requer tempo, paciência e dedicação. Ao contrário das crianças, que assimilam as informações de forma mais rápida e alteram o modo de realizar suas tarefas sem grandes conflitos. Portanto, envolver a escola neste processo é fundamental, uma vez que nela estão os profissionais capacitados para executar este trabalho da melhor forma pedagógica possível. Um trabalho bem feito com essas crianças não só reflete de imediato nos hábitos de suas famílias, como faz com que tenhamos adultos mais comprometidos no futuro”, comenta a coordenadora.

Para compor o kit, a Unesp de Rio Claro doou o líquido de conservação utilizado em cada fase do Aedes aegypti. “A iniciativa de montar esses kits é muito importante, ainda mais no presente momento. O principal papel da universidade no combate ao Aedes aegypti está relacionado ao desenvolvimento de pesquisas que permitam um controle mais eficiente do mosquito e o desenvolvimento de repelentes. Mas, sem dúvida, os métodos de combate mais eficazes ainda estão relacionados com a eliminação das formas imaturas do mosquito. O desleixo de um único cidadão pode comprometer o controle dessas doenças em uma cidade inteira. O cidadão brasileiro precisa estar mais consciente em relação às suas responsabilidades e deveres”, destaca o diretor do Instituto de Biociências da Unesp de Rio Claro, professor Dr. Claudio José Von Zuben.

Assim, eliminar os criadouros é tão importante quanto desmistificar o mosquito e levar informações reais e comprovadas sobre o Aedes e as doenças que ele pode transmitir. Por isso, Matavelli explica que existem várias doenças que são transmitidas por este mosquito, estando em destaque atualmente a Dengue, a Chikungunya e a Zika.

Ela explica que todas elas são arbovírus, ou seja, vírus que se utilizam de artrópodes para chegarem até o homem. Nestes casos, são transmitidos pelo mesmo vetor Aedes aegypti. A Dengue, que apresenta quatro sorotipos diferentes do vírus, é caracterizada principalmente por febre repentina, dores musculares e manchas vermelhas pela pele. A versão mais grave da doença é a “dengue hemorrágica”, a qual pode levar a morte. A Chikungunya caracteriza-se por dores intensas nas articulações, as quais podem permanecer no paciente por meses ou até anos, no entanto, complicações mais sérias ou morte são raras. Já a Zika tem como característica um quadro alérgico, que provoca manchas vermelhas na pele e coceira, sendo comuns também diarreias e conjuntivite. “Um ponto importante é quanto aos cuidados, aconselha-se a eliminação de possíveis criadouros, o uso de telas nas residências e de roupas leves e que cubram a maior região do corpo possível, bem como a utilização de repelentes humanos registrados na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”, orienta Matavelli.

Ou seja, a melhor maneira de combater os vírus transmitidos pelo mosquito Aedes ainda é a prevenção e, claro, a eliminação dos criadouros. "Sempre nos preocupamos com a questão da Dengue e de outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e desde o início de nosso mandato intensificamos e ampliamos o combate ao mosquito. Apesar disso, sempre buscamos novas alternativas para o combate e a prevenção ao vetor, como, por exemplo, a experiência com o Aedes do Bem e o monitoramento em tempo real do mosquito. A doação da Mérieux NutriSciences tem importância no sentido de que a educação e a conscientização de todos, principalmente de nossas crianças, são os pilares da prevenção, que deve ter como foco a eliminação de qualquer coisa que possa acumular água e se tornar um criadouro do Aedes aegypti", conclui o prefeito de Piracicaba, Gabriel Ferrato.

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Dia Internacional da Mulher: Doenças Cardiovasculares são as maiores inimigas das mulheres

Dia Internacional da Mulher:

 Doenças Cardiovasculares são as maiores inimigas das mulheres

Cardiologistas da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas alertam para a defasagem de check-ups cardíacos entre as mulheres. Doenças cardiovasculares, como as arritmias cardíacas, matam mais que os cânceres de útero e de mamas somados

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares, até algumas décadas atrás, eram vistas como típicas do sexo masculino. Hoje, as mulheres estão tão propensas quanto os homens e, em alguns casos, estão até mais susceptíveis. Estatísticas apontam que as doenças cardíacas já superam os tumores de mama e útero nas mulheres, representando 1/3 das mortes neste público. Por isso, a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) faz um alerta em meio às comemorações do Dia Internacional da Mulher: há um aumento considerável de complicações cardíacas relacionadas à fibrilação atrial, um subtipo de arritmia cardíaca muito comum, que tem como principal (e pior) consequência o Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame.

“Por volta dos 45-54 anos é quando a mulher entra na menopausa e tem uma queda importante nos níveis de estrogênio, hormônio que a protege contra a formação de placas de gordura nas artérias. Junte-se a isso outros fatores, como hipertensão, obesidade, sedentarismo, consumos de bebidas alcóolicas e tabaco”, destaca a cardiologista e membro da SOBRAC, Dra. Erika Olivier. A médica explica ainda que os problemas da Fibrilação Atrial no sexo feminino causam descompasso na frequência cardíaca, com duração de episódios maiores se comparadas aos homens.

Algumas pesquisas apontam que 74% das mortes no Brasil são causadas por doenças crônicas não transmissíveis, como as doenças cardíacas. Vale lembrar que o número de óbitos em decorrência das arritmias cardíacas no País é de 300 mil pessoas por ano.

Diversos fatores, como o envelhecimento populacional, estão associados a isso, mas observa-se também que cada vez mais as mulheres estão ingerindo mais bebida alcóolica e são tabagistas, hábitos que estão diretamente relacionados às arritmias e todas as demais doenças cardiovasculares. “Na menopausa, a mulher tende a acumular mais gordura ao redor do abdômen e na parte superior do corpo, favorecendo a obesidade, outro fator de risco para a fibrilação atrial e demais doenças cardiovasculares. Há ainda o perigo da interação entre fumo e anticoncepcional, que a partir dos 30 anos pode causar trombose venosa e, consequentemente, embolia pulmonar”, diz a Dra. Erika Olivier.

Coordenadora do Departamento da Mulher, criado recentemente pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, a cardiologista Erika Olivier destaca que a conscientização deve acontecer de uma forma global, começando pelos exames regulares ao cardiologista para que se avance no combate a todos os fatores de risco que podem levar às doenças cardíacas e à morte súbita.  “Hoje, há um grande número de mulheres no mercado de trabalho, inclusive em cargos executivos, que antes eram ocupados apenas por homens. Isso vem exigindo mais responsabilidades e reduzindo o tempo disponível para o cuidado com a saúde, até em razão da jornada dupla que elas têm que cumprir. Mas ir ao cardiologista é imprescindível”, observa Erika.

Prevenção

A partir deste ano, o Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas terá à frente a Dra. Denise Hachul, que assume a presidência da entidade para a gestão de 2016-2017. A cardiologista também pontua que o público feminino está em defasagem com os exames cardiológicos preventivos. Segundo Hachul, “as mulheres se preocupam tanto com os exames ginecológicos, mas esquecem dos cuidados com a saúde cardiovascular, que em seu conjunto de doenças mata mais que os cânceres de útero e de mamas somados”.

Para a Presidente da SOBRAC, além dos exames cardiológicos regulares, e em razão da presença cada vez maior no mercado de tralhado, as mulheres devem ter hábitos de vida saudáveis, desenvolver uma dieta equilibrada - com a ingestão abundante de alimentos frescos, frutas, verduras, água -, atividade física regular, reduzir o estresse e ter horas adequadas de sono. “E evitar o tabagismo e o álcool”, ressalta Hachul.

Embora os homens desempenhem hoje papel semelhante na educação dos filhos, geralmente é a mulher quem acompanha mais atentamente a alimentação das crianças. “É importante criar os filhos de forma saudável, pois isso refletirá em ter uma sociedade com adultos sadios no futuro, e contribuirá para a redução de casos de arritmias cardíacas e a tão temida morte súbita”, conclui a Presidente da SOBRAC.